A cadeira foi uma das invenções que mudaram o mundo. Ela
surgiu há 2.800 anos A.C., no Egito, e eram de grande esplendor, feitas de
ébano e marfim, esculpidas em madeira dourada e cobertas com materiais caros.
Desde então, não há objeto de uso individual mais projetado
e desenvolvido pelos designers e arquitetos na historia do que a cadeira.
Todos querem deixar a sua marca fazendo uma cadeira simples
e diferente das outras, um deles é o designer Fábio Galvanese, que criou a sua
própria versão da cadeira Tripolina.
Essa cadeira é conhecida também como Camp Chair e foi criada
em 1877 para os Oficiais das tropas inglesas durante a campanha de Tripoli. E
ficou com o nome.
A Tripolina é provavelmente uma das primeiras poltronas que
inventa o conceito do assento (capa) suspenso em alguns pontos (da estrutura),
lembrando a rede utilizada pelos índios.
Nas mãos do Fábio a cadeira passou a ser feita com matérias-
primas reutilizadas e ganhou um jeitão descolado.
Ele está sempre atrás de caçamba de demolição, de um deck
antigo de Ipê ou de algum amigo que tenha madeira estocada em casa.
Os metais são feitos em São Paulo, na Serralheria do seu tio,
que produz vasos e estruturas de metal. As sobras dos materiais são destinadas
às peças de conexão.
Em casa, Fábio costura o tecido do encosto da cadeira na mesma
máquina que era usada pelo pai dele para costurar as velas dos barcos
da família.
Os tecidos são Acquablock, por isso, as cadeiras podem ficar
na área externa.
Atualmente, ele consegue produzir de 10 a 12 cadeiras por
mês, um número ainda pequeno, mas o seu principal objetivo não é aumentar a
produção e sim manter o capricho nas peças para que todas saiam com bastante
qualidade.
As cadeiras Tripolinas do Fábio Galvanese aliam história,
designer e sustentabilidade. Ótima combinação, não acha?
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